
Itatiba é um município do
estado de São Paulo, no Brasil.
Faz parte da Região Metropolitana de Campinas.
Localiza-se ao noroeste da capital do estado, estando a cerca de oitenta
quilômetros desta. Sua população estimada pelo IBGE em 2017 era de
aproximadamente 116.503 habitantes, e segundo o Censo Demográfico de 2010 a população era
de 115 051 habitantes. A cidade é conhecida como "Princesa da
Colina", devido ao seu relevo acidentado. É famosa também pela indústria
têxtil, metalúrgica, química e de tecnologia de ponta. Segundo a Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Itatiba é a terceira cidade
com maior qualidade de vida do Brasil,
apresentando um Índice FIRJAN de Desenvolvimento
Municipal de 0,9276.
A História de Itatiba

A fundação de Itatiba deu-se, provavelmente, entre
o penúltimo e o último quarto do século XVIII, não se sabendo, porém em que
ano, precisamente, chegaram ao local os primeiros habitantes. Segundo antigas
crônicas, alguns fugitivos de Atibaia e Piracaia (antiga Santo Antônio da Cachoeira)
adentraram nas matas do atual município descendo o Rio Atibaia. Descobertos
pelas escoltas de Piracaia e Atibaia, os fugitivos se embrenharam ainda mais no
sertão, criando uma pequena comunidade.
As notícias da descoberta de novas terras férteis
logo chegaram a Atibaia e Jundiaí, fazendo com que novas famílias
chegassem para se dedicar ao plantio. Dentre os pioneiros, encontrava-se
o sargento
de milícias Antônio
Rodrigues da Silva, que havia trazido consigo uma imagem de Nossa
Senhora do Belém em louvor da qual erigiu, em 1814,
uma pequena capela, no atual bairro do Cruzeiro.
Com o aumento da população, o templo tornou-se
pequeno. Assim, em 1827, os moradores
decidiram construir outra capela e, em 1829,
solicitaram que a localidade fosse elevada para a categoria de freguesia. No entanto, o pedido não foi
atendido, sendo necessário se fazer outro. Após o segundo pedido alcançou
sucesso: pelo Decreto Imperial de 9 de Dezembro de 1830, dom Pedro I criava a Freguesia de Nossa
Senhora do Belém, na então Vila de Jundiaí.
Em 1857, deu-se a elevação da
freguesia para vila, com o nome de Belém de Jundiaí. Conservando a mesma
denominação, a vila foi promovida a cidade no ano de 1876.
A modificação do nome ocorreu um ano mais tarde (1877),
quando a vila passou a se chamar Itatiba, que significa "muita
pedra", na língua tupi.
A primeira grande riqueza da cidade foi o café. Na segunda metade do século XIX, Itatiba, que fazia parte da
área pioneira do plantio em direção ao Oeste Paulista, alcançava uma grande
produção cafeeira. Tal fato proporcionou um enorme desenvolvimento econômico
para a cidade que, devido a sua grande produção, tinha uma ferrovia - Estrada
de Ferro "Carril Itatibense".
Após sucessivas crises, dentre elas a de 1929,
a produção decaiu e Itatiba passou a adotar um perfil mais industrial. Apesar
da crise, o café trouxe para Itatiba uma grande quantidade de imigrantes
italianos, muitos deles tendo sua descendência na cidade até os dias de hoje.
As primeiras grandes indústrias que se instalaram
no município pertenciam ao ramo têxtil, de fósforos e de calçados. A partir dos
anos 1960, a cidade conheceu um novo surto de desenvolvimento: data dessa época
a instalação das primeiras indústrias ligadas ao ramo moveleiro, que tinham
como característica principal a produção de móveis em estilo colonial. Por essa
especialidade, Itatiba passou a ser conhecida como a "Capital Brasileira
do Móvel Colonial".
Origem do
Nome
A mudança do nome da cidade para Itatiba gerou
certa controvérsia. Os primeiros que pensaram na alteração do nome da cidade
foram o padre
Francisco de Paula Lima e o maestro Elias Álvares
Lobo (figura importantíssima da música erudita
brasileira, autor da primeira ópera brasileira cantada em língua
portuguesa: "A Noite de São João", com letra de José de Alencar),
que, na época, residia na cidade. Pelas informações que chegaram a São Paulo,
os moradores queriam um nome indígena que
significasse "Pedra Branca", ou seja, "Itatinga", que
acabou sendo denominação de outra cidade, na região de Bauru.
No entanto, o nome sugerido pelo vereador Antônio
Augusto de Castro foi o de Itatiba, que não significa "pedra branca"
e sim "ajuntamento de pedras" (itá = pedra + tyba =
ajuntamento). A discussão foi travada na Assembleia Provincial e alguns
deputados chegaram a dizer que teria havido um erro de tradução: se a cidade
desejava chamar-se Pedra Branca, o correto seria adotar-se o nome de Itatinga e
não Itatiba. Porém, o ofício da Câmara Municipal da cidade dizia Itatiba -
devido talvez a algum lapso, como disseram os deputados - e, com este novo
nome, a cidade foi oficializada pela Lei 36, de 8 de maio de 1877.
Hino de
Itatiba
O Hino de
Itatiba originou-se de um concurso realizado entre os
moradores. A Música é de autoria de Ulisses Bohac Vedovello e a letra é de
Adriano de Palma.