Profissionais de várias categorias paralisam atividades na RMC

Os ônibus municipais e intermunicipais circulam normalmente na região. 90% das escolas estaduais de Campinas não funcionaram nesta quarta.

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Sindicatos de diferentes categorias paralisaram, nesta quarta-feira (15), as atividades em Campinas (SP) e cidades da Região Metropolitana em um protesto de 24 horas contra as reformas da Previdência e Trabalhista, do governo federal.  Os ônibus circulam normalmente. Guardas municipais, Polícia Militar e bombeiros não aderiram ao movimento.


Em Campinas, 90% das 160 escolas estaduais pararam as atividades nesta manhã, segundo o sindicato dos professores. A Escola Carlos Gomes, no Centro, ficou fechada.

Ao todo, 21 das 204 escolas municipais pararam em Campinas, deixando 15 mil alunos sem aulas. Um total de 625 funcionários aderiram ao movimento, o que corresponde a 10% da rede, de acordo com a Prefeitura.

No Largo do Rosário, no Centro de Campinas, professores da rede pública estadual de ensino se concentraram às 9h para um ato que faz parte da mobilização nacional contra a reforma da previdência, e também protestaram contra a reforma do ensino médio e por melhores condições de trabalho aos professores.

Às 10h45 eles interditaram a Avenida Francisco Glicério e iniciaram uma passeata pelo Centro, sob gritos de "Fora, Temer". De acordo com os organizadores, cerca de 600 pessoas participaram. Cerca de uma hora depois, chegaram ao Largo do Pará e embarcaram em ônibus e vans rumo à capital paulista, onde também há atos contra o governo.

A Polícia Militar acompanha a manifestação, mas disse que não vai informar o número total de pessoas. A Guarda Municipal confirmou o número passado pelos organizadores.

Diretora estadual da Apeoesp, Sueli Fátima de Oliveira conta que o sindicato fez a convocação, mas que outras categorias se juntaram ao ato dos professores para participar da passeata.

"Fizemos muitas visitas, conversamos com muitos professores. Chegaram ao limite para ´hoje vamos parar´: As péssimas condições de trabalho, sem estrutura nenhuma, sem giz, sem apagador, sem papel higiênico. Não dá para ficar dentro das salas de aula", afirma.

Em Valinhos (SP), cerca de 90 estudantes, segundo os alunos, participaram de um protesto contra a reforma da previdência. Eles se reuniram às 7h e fizeram uma passeata, passando pela Prefeitura e concluindo o ato no Centro de Lazer do Trabalhador (CLT), por volta das 9h. A Polícia Militar e a Guarda Municipal não acompanharam a manifestação.

Em Americana (SP), 19 escolas estaduais aderiram ao movimento.

Mais ruas e avenidas afetadas
Em Campinas, um grupo de pessoas fez um protesto nesta manhã que comprometeu o trânsito na Avenida Prefeito Faria Lima, no Parque Itália, de acordo com a Empresa Municipal de Desenvolvimento (Emdec) da cidade. Os manifestantes passaram pelo túnel Joá Penteado, pela Estação Cultura e seguiram para o Palácio da Justiça. Segundo a Guarda Municipal, foram cerca de 100 participantes.

Em Paulínia (SP), manifestantes se reuniram por volta das 9h em frente à Igreja São Bento, na Rua Oscar Seixas de Queiroz, no Centro. A Guarda Municipal, que bloqueia o tráfego de veículos conforme as pessoas transitam pela região, não informou o número de participantes.

Metalúrgicos
Metalúrgicos da região de Campinas também realizaram manifestações em várias empresas nesta quarta. Em Hortolândia (SP), os manifestantes se concentraram na porta da Empresa EMS. O protesto terminou por volta das 7h30. Nem polícia e nem sindicalistas divulgaram números.

Ainda em Hortolândia, metalúrgicos fizeram manifetação na porta da Amsted-Maxion, que fica localizada na Estrada da Granja. Nem sindicalistas e nem polícias divulgaram números.

Em Paulínia, petroleiros e terceirizados da construção civil e metalúrgicos se reuniram em frente à refinaria Replan. Não ocorreu a troca de turno às 7h30.

Em Campinas, a manifestação foi na porta da Samsung, no Parque Imperador. Eles atrasaram a entrada dos funcionários do turno da manhã. Segundo o diretor Eliezer Cunha, 1,7 mil pessoas estavam no ato. A polícia esteve no local, mas números não foram divulgados.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), ao todo 20 empresas pararam os trabalhos na região.



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